O procedimento deve preservar a naturalidade do rosto e harmonizar as feições. O cirurgião plástico Dr. Alan Landecker aponta os cuidados para se obter sucesso nesse procedimento e mostra a importância de procurar um especialista.
A rinoplastia é um dos procedimentos mais comuns em cirurgia plástica, sendo o terceiro procedimento mais realizado no país. Procurada por homens e mulheres por causa de insatisfações estéticas com o nariz, para correção de anomalias de crescimento, de desvio do septo, de problemas respiratórios, além de distorções causadas por traumatismo, essa cirurgia exige muito cuidado por parte do especialista já que a aparência desse órgão é responsável por grande parte da harmonia facial.
Vários itens configuram um especialista em rinoplastia. Ter ministrado aulas em congressos, feito estágios, produzido artigos científicos, ter experiência comprovada e especializações na área são algumas das práticas obrigatórias para esse profissional. O cirurgião plástico Dr. Alan Landecker, especialista em rinoplastia pela University of Texas Southwestern (EUA) e autor do livro Cirurgia Plástica – Manual do Paciente, informa que mais de 50% dos pacientes que procuram esta cirurgia em seu consultório, atualmente, desejam corrigir problemas estéticos ou funcionais causados por rinoplastias mal sucedidas.
A intervenção cirúrgica pode reduzir ou aumentar o tamanho do nariz, alterar a forma do dorso, diminuir o tamanho das narinas, refinar a ponta e alterar o ângulo entre o nariz e o lábio superior. Entretanto, a rinoplastia é uma cirurgia suscetível a problemas pós-operatórios, gerando insatisfação no paciente e, ocasionalmente, a necessidade de nova operação. “Alguns dos motivos para o insucesso da rinoplastia são as características desfavoráveis dos pacientes, como ter pele muito grossa, má escolha e/ou execução da técnica cirúrgica, colocação errada do curativo, dificuldade de sintonizar as expectativas do paciente com os possíveis resultados e a resposta imprevisível do paciente durante a cicatrização”, explica o médico.
Para que essa situação se reverta e as pessoas fiquem mais satisfeitas com esse procedimento, Dr. Alan apresenta as dicas e os cuidados para se obter sucesso com a rinoplastia. A primeira delas é certificar-se de que o médico é especialista nesse tipo de cirurgia, o que é fundamental para o sucesso do procedimento.
“A rinoplastia moderna, que deve ser realizada por um especialista, tem como princípio básico a construção de um nariz bonito e funcional. Em outras palavras, a manutenção da função respiratória deve ser uma prioridade absoluta e a preocupação também com a parte funcional da cirurgia é fundamental. Esteticamente, o cirurgião deve analisar as medidas do nariz em relação às proporções faciais do paciente, visando produzir um nariz “individualizado“, que combine naturalmente com a face e a etnia do paciente”, destaca Dr. Alan. E complementa, “O cirurgião precisa ter profundo senso artístico e conhecimento das proporções da face, além de estar sempre atualizado sobre novas técnicas e estudos”.
Alinhamento de expectativas
De acordo com o cirurgião, é importante que o paciente não tenha receio em falar sobre a forma que ele imagina que o novo nariz deva ter, pois é função do médico discutir as possibilidades e fazer com que as expectativas do paciente se adaptem à realidade. “Este é o primeiro passo para o sucesso desta cirurgia. Afinal, as estruturas dos ossos nasais, a cartilagem, a forma do rosto, a espessura da pele, idade e expectativas podem influenciar no planejamento da operação”.
Outro fator importante para o êxito da rinoplastia é a forma como a consulta e a análise facial são conduzidas. “Quando uma pessoa entra em meu consultório com o desejo de mudar ou corrigir algo em seu nariz, minha primeira atitude é analisar o conjunto facial e, mostrar a ele as possibilidades, por meio de estudos fotográficos e matemáticos, realizados com a ajuda de um software. Apresentamos uma simulação computadorizada, que consideramos uma ferramenta ilustrativa e informativa (mas não uma promessa de resultado), porque ajuda a indicar os objetivos do procedimento cirúrgico”, informa.
Conheça as técnicas operatórias
A rinoplastia redutora éa técnica mais tradicionalmente realizada no Brasil. Nesta cirurgia, os ligamentos entre as cartilagens são interrompidos e quantidades variáveis de cartilagem e osso são retiradas do esqueleto do nariz. “A lesão dos ligamentos e a retirada pura e simples de cartilagem, entretanto, enfraquecem a capacidade de sustentação da pele pelo esqueleto do nariz, fazendo com que as cartilagens remanescentes fiquem mais vulneráveis aos efeitos do tecido de cicatrização (fibrose) e às forças respiratórias que sempre afetam o nariz após esta cirurgia. As cartilagens podem não resistir à pressão e se deformarem, gerando alterações estéticas e funcionais após a cirurgia”, observa Dr. Alan.
Já a rinoplastia estruturada, técnica desenvolvida nos EUA a partir dos anos 90 e introduzida pelo Dr. Alan Landecker no Brasil, tem outra filosofia e sistematização. O objetivo é o de visualizar o esqueleto do nariz completamente, utilizando a abordagem aberta, esculpir as cartilagens e ossos de forma conservadora, precisa e simétrica, melhorar a parte respiratória, tratando desvios de septo ou hipertrofia de cornetos simultaneamente à parte estética, e fortalecer o esqueleto nasal remanescente.
Isso e feito usando enxertos de cartilagem (retirada do septo, costela ou orelhas) na forma de vigas de sustentação invisíveis. Alem disso, pontos de fixação são utilizados para reconstruir os ligamentos interrompidos durante a cirurgia. O resultado é uma estrutura nasal esculpida e fortalecida, que tem menos chance de ser distorcida pelo tecido de cicatrização e pelas forças respiratórias. “Para manter a forma e função do nariz, no longo prazo, as cartilagens do esqueleto de sustentação do nariz precisam resistir às forças exercidas após a cirurgia, por isso a necessidade do fortalecimento com enxertos e pontos de fixação. Esta é a diferença fundamental em relação à técnica redutora”, esclarece o cirurgião.
Atenção ao pós-operatório
Existe a necessidade de acompanhar minuciosamente a recuperação do paciente, até porque cada organismo responde de forma diferente e os efeitos do tecido de cicatrização sobre o novo nariz são imprevisíveis. A visita freqüente ao cirurgião, durante o pós-operatório, é fundamental para controlar a formação de fibrose na região. “O cirurgião pode indicar exercícios de compressão e, se necessário, dar injeções de cortisona, para evitar a proliferação excessiva da fibrose, o que pode afetar o resultado final”, ressalta.
Dr. Alan Landecker afirma ainda que outro grande problema, nesta cirurgia, é lidar com a ansiedade do paciente que deseja visualizar, imediatamente, o resultado final, que demora até um ano para ser finalmente visualizado. “Cerca de 75% do inchaço local desaparece nos três primeiros meses. Mas, a totalidade do inchaço só desaparece após um ano. É preciso paciência e o cirurgião precisa dar apoio ao seu paciente durante esse período”, esclarece.
Nova cirurgia plástica no nariz
A rinoplastia secundária, para conserto da operação anterior, geralmente não deve acontecer antes do prazo de um ano. “A cada nova cirurgia torna-se mais difícil reconstruir o nariz de maneira satisfatória, devido a fatores como a retirada excessiva de cartilagem na cirurgia anterior, proliferação de tecido de cicatrização e alterações na estrutura da pele que cobre o nariz. Estes dificultam a execução da cirurgia”, alerta.
Por ser uma cirurgia mais complexa do que a rinoplastia primária, Dr. Alan explica que a aparência e função do nariz podem piorar ainda mais se a técnica correta não for empregada. “Além disso, devemos lembrar que o paciente poderá estar traumatizado, ansioso e com medo de uma nova cirurgia. Tudo isso dificulta o trabalho do cirurgião. Procurar um especialista experiente e com conhecimentos técnicos abrangentes é fundamental para se obter o sucesso que espera”, finaliza.
Perfil
Dr. Alan Landecker, formado em Medicina e Cirurgia Geral pela Universidade de São Paulo, iniciou sua formação em Cirurgia Plástica com o Professor Ivo Pitanguy, com quem trabalhou durante três anos. Tornou-se Membro Titular e Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e, também membro da prestigiada International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Realizou pós-graduação/especialização clínico-cirúrgicas nas Universidades de Miami, Alabama, Pittsburgh, New York e Texas Southwestern, um dos mais importantes centros de formação em cirurgia plástica dos Estados Unidos, o que permitiu desenvolver estudos que foram apresentados em eventos científicos e publicados em revistas internacionais especializadas.
Após alguns anos de prática no Brasil, Dr. Alan Landecker voltou aos Estados Unidos a convite do Dr. Jack P. Gunter, um dos criadores da técnica de Rinoplastia Estruturada. Tornou-se então, especialista em cirurgia plástica de nariz pela University of Texas Southwestern, tendo sido por muitos anos instrutor do prestigiado Dallas Rhinoplasty Symposium (curso teórico-prático em cirurgia de nariz, realizado anualmente em Dallas, Texas – EUA), além de ser autor de vários capítulos do livro Dallas Rhinoplasty: Nasal Surgery by the Masters, best seller mundial sobre cirurgia de nariz, atualmente.
Desde setembro de 2010, passou a integrar a equipe de colaboradores do Plastic Surgery Education Network (PSEN), um novo website educacional criado pela American Society of Plastic Surgeons (ASPS), uma das mais importantes entidades de cirurgia plástica do mundo.
Outros procedimentos realizados pelo Dr. Alan Landecker:
Face – Mamas – Implantes Mamários – Abdome – Lipoaspiração – Pálpebras – Orelhas – Braços – Coxas Cirurgia Reparadora – Procedimentos faciais estéticos